28 janeiro 2013

==> Branco

As paredes manchadas em volta incomodavam, como se aquelas manchas fossem as responsáveis pelos respiros sufocantes que dava, pelos pensamentos que ali vinham e ficavam.

Assim, pensou em pintá-las de branco o mais rápido possível. E fez.
A cada rolada, os pelos de carneiro espichavam-se na superfície, cobrindo aos poucos o tempo, enquanto seus pelos também ouriçavam-se em sua pele. Era seu depoimento.

Cobria a tinta. Aos poucos apagava um sorriso aqui, outro ali, e algumas lágrimas estouravam ao voar com o vento. Com o coração atento, o pincel ia lento propositalmente, curtia aquele momento, como que num dia muito quente, ao saborear o sorvete doce nas mãos escorrendo, refrescando tudo que tem dentro. Gelando as veias, os órgãos, acalmando o sangue, refrescando o pensamento.

Era assim que pintava, sem técnica, talvez com conceito. Pintava e ria das marcas logo sumidas. Sujeiras de tempo e marcas de beijos.

As paredes são como os livros: falam baixinho, contam histórias; mostram imagens e lembranças.
Mas agora as paredes estão brancas.














==> Compartilhe abaixo e será (f)eliz!

27 janeiro 2013

==> De novo!


Após tempos turbulentos na vida acadêmica, voltei (mais uma vez) ao mundo dos blogs.

Este último intervalo foi pequeno e eu sabia que seria.

Desta vez, pretendo não sair mais (é o que todos dizem).
Enfim... nesta terceira tentativa, estou de volta às palavras, que tanto me (a)tormentam.

As postagens anteriores a esta, importei do segundo blog, o antigo "(a)tormentos singulares", para já reiniciar com algum conteúdo. Porque eu também tenho meus caprichos...

Então, agora imaginemos que estamos num coquetel de relançamento de um singelo blog, estourando um champanhe barato, mas que vale muito mais do que quem vos fala.




Salud, kampai, cheers, salut... tin tin.

(A)tormente-se e aprecie o champanhe e as palavras!

==> D.



Imagem da internet